Estas são memórias, de uma autora de excepcional qualidade, pela delicadeza e precisão dos contornos da ambiência de Santos, cidade mítica para os paulistanos porque representava o além-terra, o mar, a Europa longínqua, também as praias e o lazer escasso dos anos 40 e 50, eixo central da narrativa. Santos, como irmã gêmea de São Paulo a quem serviu de portal para o mundo.
Gostei imensamente desta obra, que é um deleite para o espírito. A autora pôs sua paixão no papel, ao qual agregou uma fina qualidade estilística e gramatical, rara na literatura de hoje.
André Araújo *
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